Tudo bem, vocês venceram! Já que insistem, vou deixar que leiam o meu diário mais do que super, hiper, ultra-secreto. Nele, vocês vão saber algumas coisinhas sobre mim, Georgia Nicolson, catorze anos, inglesa, muito descolada e futura loira, no dia em que a minha mãe deixar eu pintar o cabelo...Aqui, você vai saber de absolutamente TUDO que rola na minha vida: vai conhecer o meu pai, a minha mãe e a minha irmãzinha Libby (tudo bem, você não está ganhando grande coisa com isso...), mas também vai ficar íntima do Angus, o meu gato selvagem escocês, de Jas, minha melhor amiga (que é muito legal, quando está de boca fechada) e do Robbie... o cara mais maravilhoso do universo (mas, podem cair fora, eu vi primeiro!!!).Enfim, seja bem-vindo à minha vida!
- Título: Gatos, fios-dentais e amassos: confissões de Georgia Nicolson (Angus, thongs and full-frontal snogging: confessions of Georgia Nicolson)
- Série: Confissões de Georgia Nicolson (Confessions of Georgia Nicolson)
- Coleção: Rosa-choque
- Volume: 1
- Idioma: Português brasileiro (pt-BR)
- Autoria: Louise Rennison
- Tradução: Roberto Grey
- Capa: Gabinete de Artes
- Gênero: Comédia, chick-lit, teen lit
- Subgênero: Crack humour, romance romântico
- Tema: Amizade, família, lesbianidade, primeiras vezes, romance adolescente
- Edição: Desconhecida
- Lançamento: 2005
- Páginas: 196
- Formato: Paperback
- Editora: Rocco Jovens Leitores
- Link: Skoob
- Experiência: ⭐⭐⭐⭐⭐💚
Gatos, fios-dentais e amassos, de Louise Rennison, é um chick-lit teen epistolar de comédia sobre a vida de Georgia Nicolson, uma adolescente inglesa de 14 anos.
No último dia da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre, eu passei por lá durante a tarde e comprei três livros na estande da sebo Beco dos Livros, sendo o diário da Gegê um deles, que acabou por ser a primeira leitura do ano. E que leitura! Não lembro de rir tanto com uma obra literária desde Gossip Girl.
De 23 de agosto de (suponho) 1998 à 17 de julho de (suponho) 1999, acompanhamos sua vida através de suas confissões em seu diário. Meses representam arcos, dias capítulos, e os horários parágrafos contendo microcontos, às vezes flash fictions, por vezes vinhetas e até media in res.
Os dramas (extremamente!) exagerados, pensamentos politicamente incorretos (porém humanos!), sentimentos contraditórios em uma intensidade alarmante (olá, hormônios!), e atitudes e falas que fariam a adolescente de 14 anos ser perseguida por adultos até parar na cyberfogueira da sociedade hiper-extra-ultra-mega-sensível na qual nos encontramos hoje, me catapultaram para uma perspectiva em que o mundo não precisa ser levado tão a sério o tempo todo e me deram uma certa saudade da ignorância e leviandade de minha adolescência.
Louise conseguiu majestosamente desenvolver uma narrativa epistolar que nos faz sentir próximos e totalmente imersos na vida de sua heroína. Em diversos momentos (alguns em público, diga-se de passagem) me peguei gargalhando das confissões da Gegê, como se estivesse pessoalmente ouvindo relatos de micos e situações embaraçosas de uma amiga próxima, e até correlacionando alguns com minhas próprias (des)venturas da adolescência.
A escrita envolvente, senso de humor hilariante e desenvolvimento cativante de Rennison me lembraram como o hábito de leitura pode ser divertido e prazeroso, e após escolhas de leitura duvidosas nos últimos dois anos, eu realmente estava precisando ser lembrado disso.
Obrigado Louise, que os Deuses a tenham (RIP 11 out. 1951 — 29 fev. 2016)
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