Todos olharam para Michel, não apenas por entrar atrasado, mas por ser um rosto novo. Sentiu-se envergonhado e sem ação. Teve dificuldades em encontrar uma carteira vazia, mas, por fim conseguiu uma na última fileira. Aquela sala de aula realmente era ampla e tinha pouco mais de trinta alunos. O ambiente frio e nem um pouco acolhedor fez com que Michel se sentisse desconfortável. Ao passar, antes de se sentar, alguém colocou o pé na frente. Ele tropeçou e caiu no chão. Todos riram com intensidade.
— Que tonto!
— É um idiota esse aí!
- Título: Brincadeira de Mau-Gosto
- Idioma: Português brasileiro (pt-BR)
- Autoria: Camila Iuspa
- Capa: Luis Felipe Camargo
- Gênero: Drama, teen lit
- Subgênero: Romance romântico
- Tema: Bullying, romance adolescente
- Lançamento: 2010
- Páginas: 100
- Formato: Paperback
- Editora: Giostri
- Link: Skoob
- Experiência: ⭐
Brincadeira de Mau-Gosto é um livro nacional escrito por Camila Iuspa, contando a história de Michel, um adolescente que muda de escola e é vítima da falta de respeito, inveja, discriminação e desafeto dos novos colegas.
Há um tempo percebi que tenho poucos livros nacionais na minha estante e desde então venho tentando mudar isso. Logo, quando vi Brincadeira de Mau-Gosto na sebo resolvi comprar, pois além de ser literatura nacional aborda bullying, um tópico que me interessa muito.
Assim que comecei a ler logo no primeiro capítulo já começou a me desanimar pelos diálogos engessados. Mesmo assim continuei a leitura até porque já houve livros que não curti inicialmente e depois me surpreenderam, mas infelizmente esse não foi um dos casos.
A história é narrada em terceira pessoa no passado seguindo o protagonista, Michel, mas perto do final a narrativa começa a seguir outras personagens como seu amigo, Pablo; seu interesse amoroso, Paola; e por um curtíssimo tempo até mesmo umas personagens secundárias. Isso me incomodou um pouco, principalmente quando a narrativa deixava de seguir Michel para seguir Pablo, porque a autora não mudou a "voz" do narrador e às vezes eu me confundia achando que a narrativa ainda estava seguindo Michel.
Para piorar o vilão é bem previsível e o clímax também, e para contrariar na orelha do livro ainda diz "não defende este ou aquele lado da história, apenas apresenta os fatos através do seu narrador" sendo que o livro é bastante maniqueísta.
Enfim, longe de mim desestimular a leitura de nacionais ou até mesmo ferir os sentimentos de autores brasileiros, mas esperava mais. Brincadeira de Mau-Gosto definitivamente não foi a melhor escolha para iniciar minha jornada na literatura tupiniquim.
Capa: Luis Felipe Camargo/Giostri/Reprodução
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